quinta-feira, 28 de abril de 2016

SANDRA CINTO - TEXTURAS GRÁFICAS

SANDRA CINTO: texturas gráficas


Projeto de Artes 
Alunos do Fundamental I (3o.  ano)


CONCEITOS TRABALHADOS

  • Conhecer o que é Textura e suas variações: naturais e artificiais.
  • Reconhecer a Textura Gráfica utilizando a técnica de Frottage.
  • Conhecer os trabalhos de Sandra Cinto, que utilizam a textura associada ao elemento àgua.
TEXTURAS
TEXTURA é o aspecto de uma superfície ou seja, a "pele" de uma forma, que permite identificá-la e distingui-la de outras formas. Lisa, rugosa, macia, áspera ou ondulada, a textura é, por isso, uma sensação visual ou tocável.


TEXTURA NATURAL: é aquela que resulta da intervenção natural do meio ambiente ou que caracteriza o aspecto exterior das formas e coisas existentes na natureza. 



TEXTURA ARTIFICIAL: é aquela que resulta da intervenção humana através da utilização de materiais e instrumentos devidamente manipulados. Por meio de elementos lineares, pontuais, de manchas, incisões, etc, pode-se criar texturas com características ornamentais ou funcionais.
     

TEXTURA GRÁFICA:  é a linha e o volume, um elemento visual nas Artes, que sensibiliza uma superfície tornando-se qualquer material que deixa marcas, por exemplo: caneta, lápis, canetinha, giz de cera, marcadores e tinta. Para criá-la, são utilizados pontos, linhas, formas repetidas, colocadas a uma mesma distância uma da outra, ou em distâncias variadas, criando padrões, o que dá uniformidade ou irregularidade à imagem criada. Quanto à execução gráfica para obter texturas artificiais, pode-se utilizar os seguintes processos:
Fricção (Frottage)
•Impressão
•Colagem
•Gravura

FROTTAGE
No Frottage (esfregar), o artista utiliza um lápis ou outra ferramenta de desenho e faz uma fricção sobre uma superfície texturizada. O desenho pode ser deixado como está, ou pode ser utilizado como base para aperfeiçoamento. Foi desenvolvida pelo pelo pintor, escultor e artista gráfico alemão, Max Ernst, em 1925. 


Marx Ernst, realizando frottage sobre madeira.


SANDRA CINTO
Sandra Regina Cinto (Santo André, SP, 1968). Escultora, desenhista, pintora, gravadora e professora. Sandra Cinto tem desenvolvido um rico vocabulário de símbolos e linhas para criar paisagens líricas e narrativas entre fantasia e realidade. Usando o desenho como ponto de partida, a artista frequentemente dialoga com arquitetura fazendo o espectador experimentar diferentes sensações.




"After the rain", Sandra Cinto, Nova York, 2011.


ATIVIDADES REALIZADAS COM OS ALUNOS
1a ETAPA: Visualizar diferentes texturas em diversas superfícies.Experimentar a técnica de frottage, decalcando as superfícies sobre papel. 





Alunos descobrindo as texturas através do Frottage

2a ETAPA:Identificar texturas gráficas que possam ser usadas para representar água, o mar e os animais aquáticos. Construir coletivamente um painel mesclando diferentes texturas.

                                    

                                       Alunos construindo um painel coletivo com texturas















RETRATOS DO RENASCIMENTO

RETRATOS DO RENASCIMENTO


Projeto de Artes 
Alunos do Fundamental I (4o.  ano)


CONCEITOS TRABALHADOS

As pinturas realistas do Renascimento, com destaque para os Retratos.
Os elementos visuais que compõem os retratos do Renascimento: Figura e Fundo.
As Paisagens das pinturas do Renascimento (fundos).
As Silhuetas como forma de representar pessoas e objetos (figuras).
As Sombras utilizadas nas artes plásticas com a artista contemporânea Regina Silveira.


RETRATOS DO RENASCIMENTO
No Renascimento  (séc. XIV - XV, Itália) ainda não havia um conceito de identidade/individualidade. A proliferação dos retratos e auto-retratos neste período demonstra a preocupação dos artistas em retratar o mundo ao seu redor. Costumava-se retratar "de perfil", como os imperadores romanos. Gradualmente, porém, os retratados passaram a ser representados "de frente". Mostra-se um grande interesse pela fidelidade. Os retratos costumavam ser de pessoas influentes (filósofos, artistas,...) e com poder aquisitivo (reis, burgueses,...). Com uma técnica perfeita, mostravam a realidade da época, os traços psicológicos dos retratados, assim como os elementos naturais.

Os retratos de perfil de Battista Sforza e de Federico de Montefeltro (1472), feitos por Piero della Francesca (1420-1492), estão entre os mais conhecidos do Renascimento. 

"Mona Lisa" (ou La Gioconda), de 1503-1507 é uma famosa obra de arte da autoria do italiano Leonardo da Vinci. O quadro retrata a figura de uma mulher de frente com um sorriso tímido e uma expressão introspectiva. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época. 


AS PAISAGENS DAS PINTURAS DO RENASCIMENTO
pintura de paisagem é um termo utilizado para a arte que representa cenas da natureza, como montanhas, vales, rios, árvores e florestas. Na pintura ocidental, a paisagem foi adquirindo pouco a pouco cada vez mais relevância, como fundo de quadros de outro gênero como a retrato até constituir-se como gênero autônomo.  Destacando vastos espaços onde se situavam os personagens, ou sendo fundo de obras e não seu motivo principal, as paisagens se esforçavam para alcançar realismo e assim serviam para contar a história do personagem.

 "A última ceia" foi pintada por Leonardo Da Vinci na parede de um refeitório no monastério de Santa Maria Delle Grazie e mede 4,6 x 8,8 m. Ela foi iniciada no ano de 1495 e levou aproximadamente três anos para ser finalizada. Retrata Jesus entre sues apóstolos.  O tema era uma tradição para refeitórios, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade ao lugar.

"O Casal Arnolfini" é o mais famoso quadro do pintor flamnego Jan van Eyck pintado em 1434. A obra exibe o então rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna Cenami, provavelmente em uma cena de matrimônio. A obra, considerada muito inovadora para a época em que foi concebida, exibe diversos conceitos novos relativamente às perspectivas que aparecem nos segundos planos. Note-se o espelho no fundo da composição, em que toda a cena aparece invertida, tal como a imagem do próprio artista.


SILHUETAS / SOMBRAS
Silhueta corresponde ao contorno geral de uma figura. Desenho de pessoa ou coisa, pelo qual se representa apenas este contorno, delimitando mancha negra ou de cor uniforme, como se fosse a sombra do modelo projetada num plano vertical.

Regina Silveira (Porto Alegre RS 1939) é uma artista multimídia, gravadora, pintora e professora. Nos anos 80 a artista passa a se interessar pela representação de sombras criadas com base em distorções projetivas inventadas. Faz uso da sombra como índice de ausência, de algo de que o observador tem apenas a referência mental. Começa a intervir no espaço com a aplicação das silhuetas sombreadas, em tinta ou látex, sobre paredes ou pisos. 




PROJETO DESENVOLVIDO COM OS ALUNOS



1a. ETAPA: Aula expositiva sobre as pinturas do Renascimento (retratos e autorretratos).

2a. ETAPA:Desenho de observação de paisagem: o ambiente da escola (corredores, pátios,...)
                        
Exemplo de desenhos de observação de cadernos de viagem. http://cadernodiarioesaq.blogspot.com.br/2015/09/diario-grafico-paisagem-urbana-gil.html


                                      
Alunos desenhando áreas externas da escola

3a. ETAPA: Desenho da própria silhueta, utilizando um foco de luz.



4a. ETAPA: Desenho de um autorretrato mesclando silhueta e paisagem.





terça-feira, 19 de abril de 2016

VAN GOGH - o sentimento nas cores e pinceladas

VAN GOGH


Atividade de Artes 
Alunos do Fundamental I (1o.  ano)

Vincent  Van Gogh – (1853/1890) foi um pintor holandês, considerado um dos maiores modernos.  Sua produção inclui retratos, autorretratos, paisagens, naturezas-mortas, campos de trigo, girassóis. Por volta de 1888, foi morar em Arles, no sul da França, onde passou a ser influenciado pela forte incidência solar da região, algo que o estimulou  a criar pinturas em um estilo único, com  riqueza de cores e sentimentos. A cidade de Arles era um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas. 

Como verdadeiros jorros de tinta espatulada, as pinceladas de Van Gogh eletrizam a superfície da tela, movimentam os ciprestes, atormentam os auto-retratos. As cores tornam-se símbolos de sua expressividade.

A Noite Estrelada (1889) é uma das mais conhecidas pinturas do artista, na qual prevalecem fortes cores primárias, tais como o azul e amarelo, para as quais van Gogh atribuía significados seus. A parte central apresenta a aldeia de Saint-Rémy, sob um céu enrolado e os alpes ao longe para o lado direito. O cipreste à esquerda foi adicionado à composição. 









1a ETAPA: FAZER UMA LEITURA DETALHADA DAS OBRAS DE VAN GOGH.



2a ETAPA: FAZER  UMA RELEITURA DA OBRA "NOITE ESTRELADA" OBSERVANDO O "CÉU CHEIO DE ONDAS E REDEMOÍNHOS, COMO SE TUDO ESTIVESSE EM MOVIMENTO".




3a ETAPA: REPRODUZIR AS TEXTURAS GRÁFICAS DAS OBRAS DE VAN GOGH COM MASSINHA DE MODELAR.





Atividade realizada também com professores do 
curso de Artes Visuais em junho de 2016.











ROSTO E IDENTIDADE - Bruno Munari

ARTE E IDENTIDADE


Atividade de Artes 
Alunos do Fundamental I (2o.  ano)

        BRUNO MUNARI : as investigações gráficas tendo como tema "ROSTOS"

Três furos circulares no papel foram o ponto de partida para os inúmeros rostos que o designer Bruno Munari elaborou na publicação Guardiamoci negli occhi (Olhe nos meus olhos), cuja primeira edição data de 1970. Dois furinhos no alto e outro maior centralizado mais abaixo - os olhos e uma boca – sugerem uma face, como aquelas que vemos, inesperadamente, em tomadas elétricas e outros objetos do cotidiano. Uma vez estabelecida essa sutil interferência no suporte, e Munari teve à disposição um campo aberto para inúmeras experimentações e possibilidades gráficas. Ao redor dessas referências circulares, demarcadas sempre na mesma posição em uma série de papéis soltos de mesmo formato – deixando claro o gesto inaugural da empreitada –, o designer italiano desenhou finas linhas circulares, manchas, blocos retangulares, caminhos feitos de pontinhos, sucessões de traços paralelos, pontos agrupados em áreas, etc. O resultado são desenhos, por vezes quase abstratos, que logo remetem a um rosto por estarem relacionados às peculiaridades do contexto.                        (http://sib.org.br/tag/bruno-munari/)

Munari evidencia nesse trabalho como é possível mudar o significado dos elementos gráficos a partir de mínimas interferências no desenho. A variedade de soluções sobre essa série de faces depuradas também nos leva a entender tais intervenções como máscaras, “como expressões e caretas que vestimos em nossos encontros do dia-a-dia, às vezes sem querer”,


"Máscaras", Bruno Munari.

Olhe nos meus olhos. Nós somos todos diferentes”, disse o designer italiano. Cada grafismo é também diferente um do outro, cada rosto desenhado ilustra uma pessoa imaginária com especificidades. Ao serem observadas, comparadas umas às outras, vestidas, as máscaras de Munari nos fazem brincar de enxergar com os olhos dos outros. São peças que nos estimulam, também, a sermos mais abertos às possibilidades do desenho, de modo a mergulhar num jogo de formas onde as mais diversas informações gráficas são bem-vindas.


                              ATIVIDADES COM OS ALUNOS

1a ETAPA: Montar um rosto mesclando diferentes olhos, bocas e nariz de imagens fotográficas.

2a ETAPA: Desenhar o próprio rosto em um espelho observando suas características pessoais.

                              
                                   Alunos desenhando o próprio rosto em espelhos

3a ETAPA:Trabalhar os conceitos de Bruno Munari (investigações gráficas sobre o rosto) sobre um suporte diferenciado (caixinhas de fósforo).


  

4a ETAPA: Criar máscaras, semelhantes às de Bruno Munari, em papéis coloridos.